A crioterapia, também chamada de criocirurgia, vem sendo utilizada na Dermatologia há mais de um século para o tratamento de lesões cutâneas benignas (por exemplo, verrugas virais), pré-malignas (como queratoses actínicas) e malignas (câncer de pele).
Como é feita a crioterapia?
Este procedimento utiliza o congelamento para atingir a destruição dos tecidos-alvo; é prático e pode ser realizado em pacientes portadores de marcapasso, pacientes com contra-indicação à cirurgia e em gestantes.
Para a realização da criocirurgia é necessário um agente criogênico. Utiliza-se mais comumente como substância criogênica o nitrogènio líquido, por apresentar o mais baixo ponto de ebulição (-196°C), permitindo assim grande congelamento das lesões a serem tratadas, causando dano ao tecido e destruição do alvo.
O dermatologista definirá a quantidade de congelamento necessária para o tratamento, baseando-se no tempo de congelamento/descongelamento, na disseminação lateral do congelamento além das margens da lesão (o qual está relacionado a profundidade de congelamento atingida), na palpação da região congelada e no tempo de descongelamento. Tais análises exigem experiência e técnica, devendo a criocirurgia ser sempre realizada por pessoas habituadas ao metódo.
A criocirurgia pode ser utilizada para tratamento de lesões pré-malignas principalmente queratoses actínicas e lesões malignas como carcinomas basocelulares e carcinomas espinocelulares (quando a cirurgia tradicional é contra-indicada).
Por ser um tratamento não cirúrgico, não existe envio de material para análise, sendo impossível avaliar com certeza a cura. Novas sessões podem ser realizadas, caso o médico julgue necessário.